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domingo, 4 de novembro de 2018

ATRÁS DAQUELA CRISE TINHA UM LIVRO. ANTINATURAL, como surgiu.


Quando eu olho pra trás, nunca consigo me lembrar ao certo de quando comecei a escrever meus livros, qual foi a motivação para fazer deslanchar uma trama específica, o que me chamou a atenção para tocar em determinado tema... Coisas assim.

Gostaria muito de ser como aqueles escritores que têm essas respostas na ponta da língua. Mas não as tenho.

Acho que por isso mesmo resolvi, enquanto a memória está recente, contar um pouco da experiência com a criação da minha nova trama de suspense, ANTINATURAL, o lado mais escuro da obsessão.

 Eu me lembro, por exemplo, que o primeiro capítulo foi escrito em uma só noite. Depois enviado para meu amigo e primeiro leitor dessa trama, Athila Goyas do blog O Iluminado (CLIQUE AQUI PARA CONHECER O BLOG) até ser engavetado por meses, antes de tomar fôlego para fazer os 14 outros capítulos.

E talvez somente esse tenha elementos, características, motivações e momentos pelos quais eu estava passando no ato da criação. Não que eu seja o personagem Kévin Eloha, por favor! Não sou um best seller, não fiquei rico com a literatura, não tenho uma legião de seguidores e bajuladores, e nem mesmo tendências à depressão motivadas pela passagem do tempo e pelo processo de envelhecimento do corpo. Beleza física e clássica então... (muitos risos!)
Porém, obviamente, aos 43 anos de idade, um ano menos que o Kévin, um pouco de questionamento e reflexão sobre o tema maturidade apareceu, até mesmo para me ajudar a mudar de fase com dignidade, compreensão e orgulho por tudo que já havia experimentado e pelo que ainda tenho a contribuir. Então, talvez daí tenha surgido o personagem bem mais acentuado, insatisfeito com a vida, trancado dentro do seu apartamento, não querendo comparecer a um lançamento do seu próprio livro, com medo das pessoas que não o viam há dois anos notarem suas mudanças físicas, mesmo usando e abusando de todos os recursos estéticos para se manter mais jovem, como segundo ele exige a sociedade para caracterizar até quando segue o sucesso de cada um.
Depois disso, foi pura criação. O personagem Kévin conhece seu mentor Dorian, que vai mostrar a ele ser possível parar o tempo e se manter eternamente jovem, desfrutando todos os prazeres da vida com a qualidade necessária. Dorian pode bem ser uma pessoa de carne e osso, que descobriu poderes mágicos para isso, como pode ser uma criatura sobrenatural ou mesmo uma projeção da mente atormentada e doentia de Kévin, que faria qualquer coisa para conseguir seu objetivo. Mesmo porque, ao longo da trama, Dorian somente se manifesta para o insatisfeito Kévin, deixando para o final da história essa revelação.

MATAR! Matar tudo que considera pernicioso ao seu redor, usando o sangue dessas pessoas em um ritual sexual para garantir a transmissão da vitalidade. Esse é o segredo revelado por Dorian.
Nesse ponto entra em cena o sociopata Kévin, adepto da sociedade narcisista e sem nenhuma sensibilidade real para os problemas ao seu redor. O banho de sangue macabro está marcado para acontecer. De prostitutas e gigolôs ou amantes infiéis, passando por anencéfalos playboyzinhos de academia, e até políticos corruptos, todos viram presas fáceis para a sede de sangue e juventude de Kévin. Sempre justificando para si mesmo os assassinatos cometidos como forma de contribuir para uma sociedade melhor e livre do que para ele são apenas ervas daninhas. 
Kévin se torna, além de assassino egocêntrico, um juiz de almas.

Se os tais “procedimentos estéticos” funcionam ou não, você pode conferir no meu livro. Os exemplares impressos estão disponíveis para a venda no site/livraria do CLUBE DE AUTORES (CLIQUE AQUI PARA COMPRAR), com os menores preços e frete. Se preferir um e-book, bem mais barato e baixado na hora no seu tablet, celular ou notebook, compre no AMAZON (CLIQUE AQUI PARA COMPRAR). Os que vivem no exterior podem comprar os dois formatos no site AMAZON do seu país. Nesse caso está o melhor preço.

E se você já leu e gostou, aproveite o Natal para presentear seus amigos e familiares com livros. Você estará fazendo um grande elogio à capacidade do seu amigo, e livros são também um elegante presente. Além disso, estará contribuindo para divulgar o trabalho dos autores brasileiros, tão sem fôlego ultimamente e com um futuro não muito promissor no horizonte desse país, onde cultura e literatura são tão pouco valorizados.
Enfim, fica aqui registrado, em poucas palavras, como se originou Antinatural. Peço desculpas por me usar como tema de uma matéria própria, mas, como disse, o momento não é nem um pouco inspirador. Porém seguimos acreditando em dias melhores, e por isso continuamos. Até o próximo domingo.

Muito obrigado!
Christian Petrizi   




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