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sábado, 30 de maio de 2020

OS ÁLBUNS DA MINHA VIDA


São muitas as definições que existem para explicar a importância da música na vida de cada um de nós. Oscar Wild dizia que “música é o tipo de arte mais perfeita: nunca revela seu último segredo.” Já para Nietzsche “a música oferece às paixões o meio de obter prazer delas.” Eu, particularmente, não entendo quem não gosta de música, quem não tem um sonzinho em casa para construir a trilha sonora dos momentos mais marcantes de suas vidas.


E é por essa característica, pela música sempre estar associada a cada episódio importante que acontece ao nosso redor e que nos envolve, que surgem brincadeiras ou desafios em redes sociais, do tipo “Mostre as 10 capas de álbuns que marcaram e ajudaram a formar o seu gosto musical”.

Foi o que aconteceu comigo, lá no Facebook: fui desafiado! Brincadeira, né! Pedir para alguém que adora música postar apenas 10 capas? Mas tudo bem, desafio recebido vou postar aqui as capas. Porém seguindo um critério mais específico, para conseguir chegar ao número 10.

Não serão necessariamente os melhores álbuns do mundo, os melhores cantores ou cantoras, nem de longe todos os que marcaram minha vida. Serão os que lá nos primórdios apareceram e foram formando o meu gosto musical. Então, sem julgamentos de espécie alguma, vamos lá:

1)Em 1979 aconteceu uma enchente lá em Minas Gerais, na minha cidade, e, quando as águas baixaram, esses dois LPs que formam a coletânea A ARTE DE GAL COSTA estavam agarrados numa laranjeira do meu quintal, um deles com aquele furinho do meio enganchado num espinho da tal árvore. Foi meu primeiro contato mágico com a MPB!


2)A mesma enchente deixou por lá boiando a Rainha das Discotecas, DONNA SUMMER ON THE RADIO. Eu nem sabia que estava rolando a Era das Discotecas, mas dancei muito com esses LPs tocando na minha vitrolinha. Last Dance é um hit eterno!


3)O pop rebolativo nacional tão em moda e ainda divertido começou com ela, GRETCHEN, e esse LONELY foi um dos primeiros que eu pedi aos meus pais que comprassem para mim. Não fosse tão marcante, não tocaria Freak le Bumbum até hoje, não chamaria a atenção de pop stars mundiais como Kate Perry entre outros.


4)Curioso: só depois de álbuns adultos eu passei a gostar de música para criança. Entre as trilhas sonoras de especiais infantis, destaco PLUNCT PLACT ZUUUM como um dos mais marcantes. Era época em que levavam criança a sério, e ofereciam Raul Seixas, Maria Bethânia, Fafá, em versões para a molecada.


5)Ainda na fase criança, essa trilha de novela me encantou. Trilhas de folhetins também fizeram parte das nossas histórias nos anos 70, 80 e 90. ESTÚPIDO CUPIDO, a novela, se passava nos anos 50, com suas músicas bem simples e ingênuas. Celi Campelo se destaca em versões nacionais de rock and roll americano. Tomamos muito Banho de Lua flechados pelo Estúpido Cupido. Em seguida Meu Mundo Caiu e entrei na adolescência.


6)Depois de alguns anos emburrado, comecei a definir meus gostos, inclusive o musical. Eu me lembro de prestar atenção ao KID ABELHA somente no final dos anos 80 com esse GREATEST HITS maravilhoso da banda. O pop rock entrou de vez na minha vida com esse álbum. Só depois chegou Rita Lee, a Gigante!


7)DONNA SUMMER voltou com força, trazendo a dance músic definitivamente para minha vida. Breakaway virou hit marcante na minha história de estudante em Juiz de Fora, e me acompanha até hoje. Conheci as boates com essa música!


8)Para mim, o equivalente nacional de Rainha das Pistas, de qualidade excepcional, é FERNANDA ABREU. Seu primeiro disco, SLA RADICAL DANCE DISCO CLUB, me fez virar fã eterno da cantora. Tenho todos os seus trabalhos.


9)ANGELA RO RO AO VIVO! Um CD que embalou minha primeira paixão com Amor Meu Grande Amor, e me ajudou a mergulhar na Fogueira da fossa com Kamikases e Simples Carinho. MPB na veia.


OBS) Aqui abro um parêntese para JORGE DREXLER – SEA. Um amigo me apresentou esse álbum, e coincidentemente Ney Matogrosso cantou Sea num de seus shows que assisti. A música me impressionou. Depois de conhecer a carreira do cantor uruguaio de fama internacional, e encontrar um paralelo sem igual com a nossa MPB na obra do artista, mesclado ao pop e aos ritmos latinos, me tornei fã do Jorge. Para mim, o melhor cantautor latino e um dos maiores do mundo.


10)Obviamente o samba deveria marcar presença. Porém eu descobri o ritmo tardiamente. Só quando fui morar no Rio de Janeiro. O primeiro CD que me chamou a atenção foi essa homenagem póstuma a JOVELINA PÉROLA NEGRA, DUETOS. Também, a partir daí, não parei mais. Veio Diogo, Beth, Alcione, Zeca, e tantos outros maravilhosos.


É isso! Estão faltando nessa lista muitos álbuns importantes, muitos cantores e bandas bacanas. Mas ao menos consegui ilustrar os desbravadores da minha cachola, que me fizeram voar bem alto ao som de grandes canções. Um novo mundo foi descoberto a partir desses discos clássicos, e por isso a importância de cada um deles na minha vida.

Christian Petrizi


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