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domingo, 30 de setembro de 2018

HISTÓRIA DE HORROR... BRASILEIRA



“Ao longo da nossa história, todas as culturas, sociedades, todos os povos governados pelo MEDO sucumbiram.” – frase do sexto episódio de American Horror Story, temporada Cult.

História de Horror Americana é um seriado dos EUA que estreou em 2011 na TV fechada de lá, e rapidamente se tornou uma série de culto no mundo todo, inclusive no Brasil. Cada uma das suas 8 temporadas conta uma história diferente, geralmente com os mesmos atores interpretando diferentes personagens. A oitava temporada está atualmente em exibição.



De todas, a única que eu não havia assistido era a sétima, Culto ao Medo. Dia desses entrei em maratona, tentando sanar o “problema”. Para minha surpresa, o que seria uma das temporadas menos elogiadas pelos fãs, ganhou enorme importância para mim (me chocou mesmo!) exatamente pelo momento em que a assisti. AGORA! NOW! 24,25 e 26 de Setembro de 2018, às portas das eleições presidenciais brasileiras.



O enredo, feito para chamar a atenção para o culto ao medo que vive disseminado pela sociedade americana, devido principalmente às estratégias políticas de Republicanos e Democratas, cabe perfeitamente no nosso momento de terror e suspense particular. Tanto no seriado quanto nesses dias de enfrentamentos que passamos, o medo é usado por cada um dos lados políticos sobre a sociedade, na conquista de votos dos eleitores e eclipsando o debate sadio de ideias que deveriam contribuir para aprimorar nosso país. Cada um dos lados lançando mais suspeitas sobre o outro.

Não acredita? Então pense...



Vivemos o medo de um candidato ultraconservador tomar o poder, instigando a população contra minorias e grupos historicamente discriminados. Segundo ele, grupos capazes de corromper a sociedade estabelecida. Um candidato que excita seus eleitores com as armas de fogo, como se elas fossem a garantia única de segurança para esse povo que mal aprendeu a usar uma lixeira na rua. Vivemos o medo de perder direitos conquistados a duras penas por muitos que até mesmo deram sua vida pela conquista desses direitos.

Vivemos o medo de um candidato de uma esquerda corrompida transformar o país, que começa a se democratizar, em um país fechado para o mundo, com um governo falsamente democrático, que na verdade seguirá desrespeitando opiniões contrárias, que pode vir a tirar liberdades individuais somente por discordâncias ideológicas. Temos medo que nos transformem em Venezuela faminta ou Cuba que não respeita a liberdade de pensar diferente.


Nesse jogo sujo, um lado dissemina meias verdades contra o outro, ampliando a sensação de desamparo de um povo já bastante sofrido. Toma Fake News pra lá, toma boatos pra cá. Quem provoca mais medo no eleitor sobre seu adversário? O que é menos pior para se fazer? Devemos escolher morrer no calor da frigideira ideológica ou no fogo da intolerância?


Na série, o candidato conservador planeja um tiro contra si mesmo, em pleno comício, disparado por um dos seus próprios “mínions”.
- Por que eu faria isso contra o senhor? – pergunta o mínion.
- Porque não será letal. Vou passar uns dias no hospital e depois ressurgir. – responde o candidato.
- Mas qual o objetivo desse plano? – insiste o mínion.
- Meu querido! Nós vivemos em um país cristão. E aqui o povo ama uma ressurreição! – finaliza o candidato de ideias extremadas à direita, pouco antes de disparar nas pesquisas como previa, graças à ressurreição.

Isso te parece familiar?
Vivemos ou não num enredo de uma história de horror brasileira?


Abraços!
Christian Petrizi
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